segunda-feira, 25 de maio de 2020

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA





Em linhas gerais, a Revolução Constitucionalista de 1932 é compreendida como uma reação imediata aos novos rumos tomados pelo cenário político nacional sob o comando de Vargas. Os novos representantes estabelecidos no poder, alegando dar fim à hegemonia das oligarquias, decidiram extinguir o Congresso Nacional e os deputados das assembleias estaduais.

MEDALHA DA REVOLUÇÃO DE 1932

No lugar das antigas personalidades políticas, delegados e interventores foram nomeados com o aval do presidente da República. A visível perda de espaço político, sofrida pelos paulistas, impulsionou a organização de novos meios de se recolocar nesse cenário político controlado pelo governo de Vargas. O clima de hostilidades entre os paulistas e o governo Vargas aumentou com a nomeação do tenente João Alberto Lins de Barros, ex-participante da Coluna Prestes, como novo governador de São Paulo. O desagrado dessa medida atingiu até mesmo os integrantes do Partido Democrático de São Paulo, que apoiaram a ascensão do regime varguista. 
Além disso, podemos levantar outras questões que marcaram a formação deste movimento. No ano de 1931, a queda do preço do café, em conseqüência da crise de 29, forçou o governo Vargas a comprar as sacas de café produzidas. Essa política de valorização do café também ordenou a proibição da abertura de novas áreas de plantio, o que motivou o deslocamento das populações camponesas para os centros urbanos de São Paulo. Os problemas sociais causados pelo inchaço urbano agravaram um cenário já marcado pela crise econômica e as mudanças políticas. Talvez por isso, podemos levantar uma razão pela qual a revolução constitucionalista conseguiu mobilizar boa parte da população paulista. Mais do que atender os interesses das velhas oligarquias, os participantes deste movimento defendiam o estabelecimento de uma democracia plena, onde o respeito às leis pudessem intermediar um jogo político já tão desgastado pelo desmando e os golpes políticos.


Antes de pegar em armas, representantes políticos de São Paulo pressionaram para que o governo Vargas convocasse uma Constituinte e a ampliação da autonomia política dos Estados. Em resposta, depois de outros nomes, indicou o civil e paulista Pedro de Toledo como novo governador paulista. Logo em seguida, Getúlio Vargas formulou um novo Código Eleitoral que previa a organização de eleições para o ano seguinte. No entanto, um incidente entre estudantes e tenentistas acabou favorecendo a luta armada.



Em maio de 1932, um grupo de jovens estudantes tentou invadir a sede de um jornal favorável ao regime varguista. Durante o conflito – que já havia tomado as ruas da cidade de São Paulo – os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo foram assassinados por um grupo de tenentistas. 
As iniciais dos envolvidos no fato trágico inspiraram a elaboração do M.M.D.C., que defendia a luta armada contra Getúlio Vargas.

GRUPO PAULISTA PARTICIPANTE DA REVOLUÇÃO

GRUPO PAULISTA PARTICIPANTE DA REVOLUÇÃO


No dia 9 de julho de 1932, o conflito armado tomou seus primeiros passos sob a liderança dos generais Euclides de Figueiredo, Isidoro Dias Lopes e Bertoldo Klinger. O plano dos revolucionários era empreender um rápido ataque à sede do governo federal, forçando Getúlio Vargas a deixar o cargo ou negociar com os revoltosos. No entanto, a ampla participação militar não foi suficiente para fazer ampla oposição contra o governo central. O esperado apoio aos insurgentes paulistas não foi obtido. O bloqueio naval da Marinha ao Porto de Santos impediu que simpatizantes de outros estados pudessem integrar a Revolução Constitucionalista. Já no mês de setembro daquele ano, as forças do governo federal tinham tomado diversas cidades de São Paulo. A superioridade das tropas governamentais forçou a rendição dos revolucionários no mês de outubro. 

Por Rainer Sousa Mestre em História

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Revolução Constitucionalista"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolucaoconstitucionalista.htm.
Acesso em 25 de maio de 2020.





Nos conturbados anos 30, o Brasil viveu seu maior conflito armado no próprio território. 
Trata-se da Revolução Constitucionalista de 1932. Com a revolução de 30, os detentores do poder, apregoavam a criação de uma nova ordem constitucional e, autodenominados “governo provisório”, aboliram a antiga constituição e começaram a se acomodar na posição de absolutistas, se “eternizando na provisoriedade”, não criando outra carta magna. 
Em 1932, parte significativa do povo pegou em armas contra o abuso ditatorial do governo da época. Durante o tempo de duração do movimento muitos combatentes receberam esse modelo de medalha, que, curiosamente, nunca foram condecorações oficiais do governo paulista, Estado que abraçou a causa integralmente a ponto de a revolução constitucionalista ser o sinônimo de “revolução paulista”.
Esse modelo de medalha, de fato, era mais um souvenir do movimento, feito na época e comercializado em São Paulo. Por esse motivo não há decreto, nem descrição oficial, mas, é um dos verdadeiros ícones do Combatente da Revolução Constitucionalista. A medalha era fornecida sem fita. Muitos adicionavam uma fita estreita que era colocada em forma de laço nas cores de São Paulo. As fitas que que se veem além disso são meras "customizações" dos proprietários.

Por Galdino Neto
http://medalhisticamilitarpaulista.blogspot.com/2012/04/medalha-de-combatente-da-revolucao.html
Acesso em 25 de maio de 2020.





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